sábado, 5 de dezembro de 2009

Indústria náutica americana resiste aos compromissos climáticos

Lanchas engarrafam o Canal Havasu, Arizona, em feriado nos EUA. Imagem do site www.usbr.com/havasuchannel


Uma das medidas que farão reduzir as emissões dos EUA, conforme prometido por Barack Obama, será a adoção de combustíveis mais verdes. A primeira resistência veio justamente das próprias trincheiras do presidente: do EPA, o órgão ambiental do governo americano. Os defensores de combustíveis mais limpos pressionavam o governo para que a mistura de álcool (etanol) no combustível passasse do teor de 10% (E10) para 15% (E15%). O lobby do petróleo venceu mais uma vez o lobby do etanol. O álcool é considerado um combustível mais limpo, pois é produzido a partir do plantio da cana, que retira o carbono da atmosfera. Uma maior mistura com o álcool causará um menor uso de combustíveis com origem no petróleo, que são grandes emissores de CO2. Infelizmente, o principal argumento para adiar a proposta para uma nova avaliação em 2010 foi que os motores náuticos não foram desenhados, calibrados ou certificados para funcionar com uma mistura superior a 10% da mistura. A tese foi defendida pelo NMMA, a federação da indústria náutica americana, que tem muita força no país. Existem cerca de 18 milhões de embarcações registradas nos EUA (dados de 2005).


Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 05/12/09.

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