segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Venda de bikes supera a de carros na Itália

"O mercado europeu de carros é um desastre", disse o presidente da Fiat.

Cena de "O ladrão de bicicletas".

Tá aí uma notícia inesperada. Na Itália, país da Ferrari e da Lamborghini, a venda de bicicletas ultrapassou a de carros pela primeira desde a 2ª Guerra Mundial. Foram 1,75 milhão bicicletas compradas em 2011, contra 1,748 carros. Diferença pequena, será que vai se tornar uma tendência?

O feito é ainda mais surpredente por ter ocorrido a Itália, onde a população é louca por automóveis - são 60 carros por cada 100 habitantes, uma das taxas mais altas do mundo. De acordo com a wikipedia, o país fica em 10º lugar. O primeiro é de Mônaco, com incríveis 90 carros por cada 100 habitantes.

A Business Insider conta que os carros se tornaram um símbolo de status na Itália a partir da década de 1960. Mas a crise econômica e os altos níveis de desemprego atingiram a indústria automobilística no país. Em 2011 a venda de carros caiu para níveis não vistos desde os anos 1970. Estimativas apontam que um carro na Itália custa € 7 mil por ano, com a gasolina a € 2 o litro.

"Entre os 60 milhões de italianos, 6,5 milhões usam bicicletas para ir ao trabalho ou escola, enquanto 10,5 milhões utilizam de forma ocasional, especialmente nos fins de semana".

Com isso, os italianos investiram em novas bicicletas ou tiraram as velhas da garagem. Entre os 60 milhões de italianos, 6,5 milhões usam bicicletas para ir ao trabalho ou escola, enquanto 10,5 milhões utilizam de forma ocasional, especialmente nos fins de semana.

E a crise na indústria automobilística italiana não parece diminuir. O jornal La Reppublica informa que em agosto houve uma queda de 20% nas vendas em comparação com o mesmo mês de 2011. O presidente da Fiat, Sergio Marchionne, disse recentemente que "o mercado europeu de carros é um desastre".

E parece que em meio à crise, as bicicletas surgem como boa opção. Agora, é só tomar cuidado com os ladrões.

Fonte: Blog de Bike, site de O Globo

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