terça-feira, 6 de maio de 2014

Simpósio "Niterói Pensando o Futebol": Perspectivas do Mundial no Brasil e discussões sobre temas



Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e o locutor Léo Batista falaram da importância da Copa do Mundo no Brasil. Foto: Lucas Benevides

O prefeito Rodrigo Neves foi um dos homenageados durante o simpósio. Foto: Lucas Benevides.


Marcel Tardin

Simpósio da Copa do Mundo 2014 reúne personalidades e abre espaço para discussões sobre vários temas que envolvem o torneio. Rodrigo Neves foi um dos homenageados

Copa do Mundo não é feita apenas de bola rolando pelos pés dos principais craques do futebol mundial, em estádios supermodernos e lotados. Então, se o nicho da competição que desembarca no Brasil, pela segunda vez em sua história, dentro de 38 dias, fomenta assuntos relativos aos investimentos, legado e impactos sociais proporcionados por um evento dessa magnitude, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJP-RJ) decidiu organizar o Simpósio Copa do Mundo 2014 – Niterói Pensando o Futebol, abordando questões relativas ao torneio de modo geral. Na manhã de ontem, durante a abertura da convenção, em um hotel no Ingá, na Zona Sul da cidade, personalidades como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o prefeito Rodrigo Neves, o locutor Léo Batista e o pentacampeão com a Seleção Brasileira, Gilberto Silva, participaram do evento.

No primeiro dia de debate foram abordados temas como o legado do Mundial, ética entre técnicos, atletas e árbitros, e a discussão do tratamento do jogador profissional como trabalhador, entre outros. Na solenidade de abertura Aldo Rebelo, Rodrigo Neves, Léo Batista e Gilberto Silva foram homenageados, recebendo um troféu.

“A Copa do Mundo promove o debate de temas multidisciplinares, ou seja, a história do País, a questão social, tudo isso é discutido em torno da Copa. Acho que esse evento de Niterói busca apresentar disciplinas de interesse da sociedade e que a Copa pode ser referência para discussão” afirmou o ministro Rebelo, prosseguindo.

“Estamos diante de um acontecimento muito importante. Temos eventos de todos os tipos no nosso país, como tênis, Fórmula 1, mas nenhum desses é capaz de gerar o efeito de uma Copa do Mundo. Prova disso é essa intensa discussão sobre o legado da competição, e vemos isso ao redor do mundo, não só aqui”, discursou.

No entanto, o caráter de seriedade dos assuntos levantados no simpósio foi quebrado pela figura simpática de Léo Batista. O locutor, que foi convidado para compartilhar suas experiências no maior evento do futebol e também para ser homenageado por seus 65 anos de atividades no ramo da comunicação, contou seu início como radialista, no interior de São Paulo, com direito a um “causo”.

“Quando fiz minha primeira narração esportiva, em Cordeirópolis, nós conseguimos um transmissor para poder narrar a partida no estadiozinho da cidade e já foi complicado, porque tivemos que ir em Limeira, a estrada era horrível. Mas no dia do jogo, minha irmã veio correndo me avisar que a polícia estava atrás de mim, porque naquela época, da ditadura do Getúlio Vargas, as transmissões de rádio tinham de ser regularizadas, o que nós não estávamos fazendo. Fui me embrenhar num laranjal para não ir para cadeia”, contou com bom humor o locutor esportivo.

Futuro – Campeão mundial defendendo as cores da Seleção Brasileira em 2002, no Mundial da Coreia do Sul e Japão, o volante Gilberto Silva, que foi ao evento como um dos representantes do Bom Senso FC (que luta pelos direitos dos jogadores profissionais), comentou sobre a relevância do simpósio, dizendo que o debate é especialmente útil para os jovens entenderem a dimensão de uma competição como a Copa.

“Um evento como esse é importante não apenas para as pessoas daqui, como para os brasileiros de modo geral, porque vai levar assuntos que são pertinentes a nós, principalmente o momento que estamos vivendo, já que estamos há poucos dias da Copa. Então creio que para os mais jovens serão informações de fundamental importância”.

Parceria – Com a realização da Copa no País e tendo o Rio de Janeiro como uma das principais matrizes do maior torneio, o prefeito Rodrigo Neves deixou claro, em mais uma oportunidade, que a cidade está se preparando para absorver positivamente os impactos causados pelo megaevento.

“Logo que assumi a Prefeitura entrei em contato com o Nuzman (presidente do Comitê Olímpico Brasileiro), Paes (prefeito do Rio) e o ministro Rebelo porque Niterói precisa aproveitar essa onda de grandes eventos esportivos. Até agora já conseguimos um acordo para abrigar cerca de 40 delegações olímpicas para 2016. Além disso, os hotéis no Rio estão abarrotados e por aqui nossa capacidade já está em 80%. Estou entusiasmado com a realização da Copa do Mundo e como niteroiense e brasileiro quero que no fim de tudo o Brasil possa ser o grande campeão”, afirmou Rodrigo.

Fonte: O Fluminense


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