sábado, 26 de julho de 2014

Com a Copa, turistas estrangeiros gastaram US$ 797 milhões no Brasil em junho


Uma alta de 75,9% na comparação com junho do ano passado. As transações do Brasil com o exterior registraram déficit de US$ 3,34 bilhões

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BRASÍLIA - Com a Copa do Mundo, o Brasil registrou um recorde histórico de ingressos de recursos de turistas estrangeiros que vieram ao país. Dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira mostram que os viajantes estrangeiros deixaram US$ 797 milhões no país no mês de junho, uma alta de 75,9% na comparação com os US$ 453 milhões registrados em junho do ano passado. Essa foi a maior receita na análise mensal desde o início da série histórica do Banco Central, em 1947.

No acumulado de janeiro a junho, o total gasto pelos estrangeiros no Brasil chega a US$ 3,64 bilhões – uma alta de 4,8% ante os US$ 3,48 bilhões registrados no primeiro semestre de 2013.

As despesas de brasileiros no exterior também bateram recorde e chegaram a US$ 2,0 bilhões em junho, uma alta de 4,9% na comparação com o valor de US$ 1,90 bilhão gasto pelos brasileiros em viagens fora do país no mesmo mês de 2013. No primeiro semestre, o montante deixado lá fora também foi recorde e chegou a US$ 12,48 bilhões – 2,3% a mais que os US$ 12,20 bilhões registrados nos seis primeiros meses do ano passado.

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, destacou que a entrada de mais receitas com viagens contribuiu para uma redução de 17,3% nas despesas líquidas com viagens internacionais – com gasto líquido de US$ 1,2 bilhão em junho.

— Esse aumento de receitas ocorreu por causa do afluxo de turistas estrangeiros ao Brasil, por ocasião da Copa do Mundo — disse o chefe-adjunto.

Ele destacou que o resultado parcial para julho também aponta para um crescimento significativo na entrada de recursos. Até 23 de julho, a entrada de receitas com viagens cresceu cerca de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado.

— As receitas de viagens internacionais no semestre, de US$ 3,64 bilhões, também representam o maior valor da série histórica para o período. Essa influência da Copa nas viagens internacionais, embora concentrada no fim do semestre, foi de uma magnitude que permite que o resultado (do semestre) seja o maior para toda a série — afirmou.

Em junho, o Brasil registrou déficit de US$ 3,4 bilhões na conta de serviços, 4,5% acima do valor registrado no mesmo mês de 2013.

TRANSAÇÕES CORRENTES

As transações do Brasil com o exterior registraram déficit de US$ 3,34 bilhões em junho – contra um déficit de US$ 3,88 bilhões apurado no mesmo mês do ano passado. O resultado contribuiu para um déficit de US$ 43,31 bilhões no acumulado dos seis primeiros meses, ante US$ 43,18 bilhões no mesmo período do ano passado. Esses números, que formam a conta de transações correntes, consideram balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais, como doações e remessas de lucro.

— Houve uma menor despesa líquida de viagens em junho, o que ajuda a explicar o resultado das transações correntes. Outro ponto que ajuda a explicar o resultado é uma redução nas despesas com juros e uma redução na conta de lucros e dividendos — afirmou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central.

— Essa redução de lucros e dividendos está ligada a uma atividade econômica em moderação e a uma taxa de câmbio mais depreciada — acrescentou.

O Banco Central projeta um déficit em transações correntes para julho de US$ 6,7 bilhões de dólares. Em julho do ano passado, o saldo negativo ficou perto de US$ 9 bilhões. Se a projeção se confirmar, o resultado de julho permitirá, segundo o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, que haja uma redução, pelo seguindo mês seguido, no déficit em transações correntes acumulado em 12 meses.

— Caso a projeção do Banco Central esteja certa, teremos uma nova redução do déficit em transações correntes em 12 meses, para algo perto de US$ 78,9 bilhões — disse Rocha, que observou que o déficit em 12 meses está em US$ 81,1 bilhões.

Os números do Banco Central mostram ainda que o ingresso líquido de Investimento Estrangeiro Direto (IED) atingiu US$ 3,9 bilhões no mês passado. Nos 12 meses encerrados em junho, os ingressos líquidos de IED somaram US$ 63,3 bilhões, o que equivale a 2,79% do PIB.


Fonte: O Globo


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