quinta-feira, 18 de junho de 2015

Niterói de Bicicleta: educação no trânsito em foco


Prefeito Rodrigo Neves quer consolidar Niterói como cidade amiga da bicicleta
Foto: Evelen Gouvêa

Campanha educativa tem como objetivo melhorar a relação entre pedestres, carros, ônibus e bicicletas nas ruas da cidade

As ruas de Niterói receberão mensagens educativas para orientar pedestres, ciclistas e motoristas sobre educação no trânsito. A Prefeitura de Niterói, por intermédio do programa Niterói de Bicicleta, vai veicular por dois meses, a partir do dia 24, campanha publicitária na mídia impressa, internet (redes sociais e site da Prefeitura) e em rádios. O objetivo é melhorar a relação entre as principais formas de locomoção da cidade, seja pelas pessoas que andam a pé, de carro, ônibus e de bicicleta.

A campanha foi elaborada pelo Grupo de Trabalho organizado pelo programa Niterói de Bicicleta em conjunto com representantes dos principais grupos de ciclistas da cidade e com as secretarias envolvidas no projeto cicloviário de Niterói.

O prefeito Rodrigo Neves afirmou que um dos objetivos da campanha é consolidar Niterói como uma cidade amiga da bicicleta.

“Estamos trabalhando em um esforço muito grande de consolidação de Niterói como uma cidade amiga da bicicleta. É um esforço que envolve várias áreas da administração e a sociedade civil. Avançamos muito já tanto do ponto de vista da infraestrutura como da participação da sociedade. Em conversa com a CCR Barcas, verificamos que, antes do programa Niterói de Bicicleta, tínhamos em média uma bicicleta por viagem, agora são mais de 30. Isso reflete a mobilização da sociedade e uma consciência crescente de que a bicicleta é uma possibilidade de mobilidade mais sustentável, saudável e humanizada. Estamos construindo um novo caminho”, disse.

O vice-prefeito Axel Grael reforçou a importância do diálogo com a sociedade.

“Aqui temos mais um exemplo de atitude e postura do programa Niterói de Bicicleta, que sempre busca diálogo com os ativistas. Começamos minoritários na sociedade e hoje há um número de bicicletas cada vez maior, a cidade está abraçando a causa. Por isso, é importante manter a estratégia do diálogo e ele precisa de informação. Essa campanha ajuda na mediação dos conflitos que podem ocorrer com a chegada da bicicleta como meio novo e as ciclovias”, salientou.

"Começamos minoritários na sociedade e hoje há um número de bicicletas cada vez maior, a cidade está abraçando a causa. Por isso, é importante manter a estratégia do diálogo e ele precisa de informação. Essa campanha ajuda na mediação dos conflitos que podem ocorrer com a chegada da bicicleta como meio novo e as ciclovias”, Axel Grael


A coordenadora do programa Niterói de Bicicleta, Isabela Ledo, afirmou que a campanha tem tudo para ser um sucesso.

“O apoio do prefeito ao programa Niterói de Bicicleta é muito importante. Agradeço também a participação dos ciclistas e ativistas. Foi um trabalho intenso, de muita discussão. A mensagem da campanha é muito clara e vai surtir um efeito muito positivo no trânsito”, afirmou.




Campanha – O principal mote da campanha será “O trânsito é feito de pessoas como você”, reforçando a ideia de que cada um tem a sua responsabilidade e regras a serem cumpridas e que os mais frágeis no trânsito precisam ser protegidos pelos órgãos fiscalizadores e campanhas educacionais.

A campanha terá dois personagens, um masculino e um feminino. Será destacada a frase “O trânsito é feito de pessoas como você”.

A campanha também será divulgada nos totens espalhados pela cidade, que ficam próximos dos pontos de ônibus. Serão destacadas várias frases como:
  • “Ciclista, respeite o pedestre”,
  • “O pedestre tem sempre prioridade”,
  • “Motorista, compartilhe a via”,
  • “Mantenha 1,5 m do ciclista”,
entre outras.
Na internet, a campanha terá destaque na página oficial da Prefeitura e também no Facebook do Niterói de Bicicleta. A ideia é compartilhar os posts para atrair mais gente. Haverá também spots em rádios com audiência na cidade.
 
Fonte: O Fluminense



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3 comentários:

  1. Hoje andei de carro pela Pereira da Silva e ultrapassei duas ciclistas com folga de mais de 1,5m. Foi moleza e nada tenso, PORÉM FOI EM UM RARO TRECHO SEM CARROS ESTACIONADOS À DIREITA.

    Vice-Prefeito, de nada, nada mesmo, adianta implementar regras que não podem ser cumpridas.

    O bairro de maior densidade populacional e maior tráfego de bicicletas e carros não permite espaço para ultrapassagens ou tráfego das magrelas por suas ruas por conta dos poucos carros estacionados.

    Quer as bicicletas pela cidade? Deves comprar briga com os carros estacionados. Não tem como fugir disso.

    Abraços
    Victor Pimentel

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  2. Victor,

    A exigência do motorista manter uma distância de 1,5 metros do ciclista é do Código Nacional do Trânsito. Obviamente, é uma norma genérica que se aplica a todo o território nacional. Vc cita um caso -rua do bairro de Icaraí - em que a regra seria inexequível... É claro que onde não há espaço suficiente, não há como cumprir, mas, ainda assim, a responsabilidade pela segurança do ciclista é do motorista.
    Axel Grael

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    Respostas
    1. Por óbvio que sei (e exerço) a responsabilidade do motorista. Se um pedestre suicida PULAR abruptamente em minha frente eu vou meter o pézão no freio, jogar meu carro contra outro carro e por aí vai.

      A ideia do meu comentário é ser uma gotinha d'água de contribuição no Oceano. Faço ideia da complicação que é a administração e implementação de qualquer política em uma Cidade do tamanho de Niterói, um ente dinâmico, orgânico, praticamente um ser vivo.

      Imagino as dificuldades em se implementar a política com limitações de recursos, conciliando interesses de grupos heterogêneos, respeitar direitos individuais e minoritários. Tudo isso precisando manter a cidade funcionando, UFA.

      Mas a minha inserção é parte do contexto em que ao contrário do que podem pregar militantes mais ativos do movimento ciclista, a popularização desse modal trará efetivamente para as ruas viagens de pequenas distâncias, viagens intrabairros, viagens de menos de 3km.

      Ativistas tendem a pensar inicialmente na integração completa para médias e grandes distâncias pois esses JÁ possuem o hábito de percorrê-las e vencem as dificuldades que já existem, quando eu acho que em uma política de transporte urbano, especialmente em uma cidade já consolidada e complicada como a nossa, a Prefeitura deveria atuar um pouco na contramão e focar na mobilidade integrada à região.

      Ao meu ver, a atenção as ruas já lentas de Icaraí e Jardim Icaraí (e falo desse bairro por ser o que eu conheço melhor) podem cumprir esse papel de uma forma não onerosa, sem depender de grandes obras e intervenções. Eu citei o exemplo do conforto que foi ultrapassar as meninas em um trecho para exemplificar que é possível implementar em curto prazo tal política nesse bairro, e provavelmente em outros.

      CLARO QUE, como refleti acima, administração pública é uma atividade penosa. Eu levantei uma questão que seria altamente benéfica aos ciclistas e motoristas, altamente benéfica ao tráfego, mas não avaliei o impacto da redução dos estacionamentos. CLARO QUE pessoas serão prejudicadas, CLARO QUE o comércio vai chiar (ainda que possa vir a ser beneficiado com um maior fluxo no bairro), moradores dos prédios antigos com poucas garagens, trabalhadores locais e etcetera.

      Recursos Humanos fossem abundantes, poderíamos até mesmo conciliar isso em Icaraí permitindo tratar tais ruas como um Condomínio com tráfego realmente limitado a 30km/h e bicicletas trafegando NO MEIO da via sem serem ultrapassadas e, por sua vez, respeitando o tráfego parada como se carros fossem. Seria uma contrapartida que saberia não seria adotada pelos ciclistas. Quem pede uma mão quer o braço.

      Bem... Não apenas torço como milito para que o Programa Niterói de Bicicleta seja implantado, e seja implantado da maneira mais correta possível. Essa militância se dará em diálogos onde procurarei ajudar com essa análise crítica.

      Agradeço pela leitura do meu comentário, a resposta e por permitir, do meu jeito, auxiliar no Projeto.

      Abraços
      Victor

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