quarta-feira, 8 de julho de 2015

Lars Grael fala sobre acessibilidade e Olímpiada em visita ao presidente Marcos da Costa (OAB-SP)


Marcos da Costa (esq.) conversa com o velejador Lars Grael, observados ao fundo por José Glomb, ex-presidente da OAB-Paraná, e o conselheiro federal Márcio Kayatt (à dir.)

“A acessibilidade no Brasil precisa evoluir muito. Apesar de termos uma das legislações mais bem elaboradas do mundo, as leis aqui não são respeitadas”. Essas ponderações marcaram a visita do atleta Lars Grael ao presidente licenciado da OAB SP, Marcos da Costa, na manhã de quinta-feira (25/06). Medalhista olímpico em Seul (1988) e Atlanta (1996), o velejador foi recebido não só por Marcos da Costa, mas também pelo conselheiro federal Márcio Kayatt e pelo ex-presidente da OAB do Paraná, José Lúcio Glomb. Além da questão da acessibilidade, Grael falou de suas expectativas sobre a Olímpiada no Brasil, em 2016, e de seu projeto para jovens atletas: “O projeto Grael existe desde 1998 e tem uma proposta de inclusão social, construído em torno dos esportes náuticos”.

Marcos da Costa se diz otimista sobre o sucesso da realização dos Jogos Olímpicos e sobre o potencial de o país em ter um bom aproveitamento: “Acredito que a Olímpiada será excelente”. As políticas desenvolvidas pela Secional paulista da Ordem por meio de suas Comissões, em especial nas questões de mobilidade urbana, Costa ponderou que a entidade tem um trabalho intenso para cobrar projetos que tornem os equipamentos públicos e prédios mais acessíveis à população. Aproveitou ainda para contar a Grael todo o processo de recuperação ocorrido após o acidente de carro em 18 de abril, que vitimou o diretor tesoureiro da entidade Carlos Roberto Fornes Mateucci, e no qual se viu obrigado a passar por um drástico procedimento na perna direita.

O iatista, por sua vez, relatou seu acidente, em 1998, quando participava de uma regata em Vitória (ES), e contou sobre seu processo de superação ao longo desses anos. “De lá para cá, já ganhei quatro títulos continentais, dois mundiais e 11 nacionais. Tudo isso é superação, você sempre tem de se superar”, ressaltou. Entre as dificuldades enfrentadas pela população que tem algum tipo de deficiência, estimada em torno de 10% pelo IBGE, está a implantação de cotas nas empresas. “A OAB SP sempre cumpriu as metas estabelecidas”, ponderou Costa.

Ainda entre os temas abordados, a falta de projetos adequados para o crescimento econômico e social para o país também entrou em discussão. “Falta uma agenda positiva para o Brasil, com propostas adequadas de respeito à cidadania”, disse Kayatt. “O Brasil vive um momento sócio-político-econômico desfavorável”, concordou Grael, acrescentando: “Mas espero que a Olímpiada ajude a restaurar um pouco a confiança no país. Não temos o direito de desperdiçar essa oportunidade. Tem de ficar claro que uma Olímpiada mal executada iria repercutir muito mal a imagem no exterior, além da que já é vista diariamente nas manchetes dos jornais no quadro político”, acrescentou Grael.

Saldo positivo só com Educação

O principal legado que pode ficar com os Jogos Olímpicos, nas ponderações de Lars Grael , é o avanço de políticas esportivas que venham qualificar a educação brasileira, com a valorização da educação física nas escolas.

“Precisamos de programas nacionais de combate ao sedentarismo e estímulo à atividade física, com políticas de saúde preventiva e outras ações do gênero”, enfatizou. Afinal, para ele acredita, que o Brasil vai crescer muito em número de medalhas conquistadas.

“Estimo algo em torno de 25 a 30 medalhas” diz entusiasmado. Mas faz um alerta, já que a medição do sucesso não se dará em 2016. “Ela poderá ser analisada em 2020, 2024 e nas próximas Olímpiadas. Aí, sim, poderemos balizar se foi somente um fenômeno efêmero ou algo que veio para deixar raízes”.

Fonte: OAB-SP






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