quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Tartarugas cabeçudas desovam em Maricá




Pela primeira vez na cidade de Maricá, uma tartaruga marinha da espécie cabeçuda (Caretta caretta), ameaçada de extinção, desovou na cidade. A informação é do Projeto Aruanã, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que faz o controle das espécies marinhas na região e demarcou inicialmente a área na Praia de Zacarias onde os ovos foram depositados na manhã do último sábado, dia 26, segundo relato de pescadores.

Na última terça-feira, biólogos do projeto fizeram a demarcação definitiva do local da desova com estacas e telas. “O objetivo é preservar o ninho e evitar que curiosos mexam nos ovos. Agora vamos monitorar esse ciclo”, explicou a bióloga Alicia Bertoloto, do projeto Aruanã.

A Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, que acompanhou a ação, colocou uma placa para sinalizar a região onde os ovos de tartaruga foram depositados.

Segundo Amanda Vidal, outra bióloga da UFF, uma fêmea coloca, em média, 100 ovos e o período de incubação é de 30 a 45 dias.

“Essas tartarugas se aproximam da costa de Maricá para se alimentar e esse é o primeiro registro de desova no município”, afirma a bióloga. “Geralmente, elas colocam os ovos no Norte do Estado”, acrescentou Amanda.

Em média, a espécie cabeçuda mede 1,20 m e chega a pesar 140 kg. Elas são encontradas em mares tropicais de todo mundo e em águas temperadas, se alimentam de caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados com ajuda dos músculos da mandíbula. No Brasil, as áreas de desova estão localizadas no norte da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sergipe.

Fonte: O Fluminense







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