terça-feira, 1 de novembro de 2016

POLUIÇÃO DO AR: Unicef diz que 300 milhões de crianças no mundo respiram ar tóxico



Poluição na capital indiana Nova Déli, uma das cidades mais poluídas do mundo - Manish Swarup / AP


Poluição contribui para a morte de 600 mil menores de idade anualmente

RIO — A contaminação do ar é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças respiratórias e a elevação dos índices de mortalidade infantil, alertou o Unicef em relatório divulgado nesta segunda-feira. Uma em cada sete crianças no mundo vive em regiões onde a poluição é ao menos seis vezes maior que os níveis considerados seguros. São 300 milhões de crianças expostas a poluentes que podem provocar sérios danos físicos, incluindo problemas no desenvolvimento do cérebro.

— A contaminação ambiental é o principal fator que contribui para a morte anual de cerca de 600 mil crianças com menos de 5 anos, e ameaça a vida e o futuro de milhões mais a cada dia — disse Anthony Lake, diretor executivo do Unicef. — Os contaminantes não apenas provocam danos no desenvolvimento pulmonar, como podem cruzar a barreira de sangue do cérebro e causar danos cerebrais permanentes. Nenhuma sociedade pode ignorar a contaminação do ar.

O relatório foi divulgado uma semana antes do início da próxima Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será realizada entre os dias 7 e 18 de novembro no Marrocos. A agência, que promove os direitos e o bem-estar das crianças, está pedindo por ações urgentes dos líderes mundiais para a redução da contaminação do ar em seus países.

Com base em imagens de satélite, o Unicef confirmou que aproximadamente 2 bilhões de crianças vivem em áreas onde a contaminação ambiental supera as recomendações mínimas de qualidade do ar estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde. A situação é mais preocupante na Ásia, onde vivem 620 milhões de crianças respirando ar poluído, seguida pelo continente africano, com 520 milhões, e a região da Ásia e Pacífico, com 450 milhões.

A poluição é provocada pelas emissões do sistema de transporte na queima de combustíveis fósseis, mas também por agentes internos, como o uso de carvão ou lenha para cozinhar e aquecimento. Juntas, a contaminação externa e interna estão diretamente relacionadas com a pneumonia e outras doenças respiratórias, que respondem por uma em cada dez mortes de crianças com menos de 5 anos.

Segundo o fundo das Nações Unidas, as crianças são mais suscetíveis à poluição do ar que os adultos, já que seus pulmões, cérebro e sistema imunológico ainda estão se desenvolvendo. As crianças também respiram mais rápido que os adultos, aspirando mais ar em relação à massa corporal.

— Nós protegemos nossas crianças quando protegemos a qualidade do nosso ar — disse Lake.

Fonte: O Globo



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