segunda-feira, 23 de abril de 2018

LIXO: Mutirão de limpeza na Praia de Charitas



Evento contou com a colaboração de 160 voluntários que atuaram fazendo a retirada de resíduos na faixa de areia da orla. Foto: Colaboração Ana Paula Soares.


Ana Paula Soares

Ação decorreu do evento 'Oceano Sem Plástico' promovido pela Ong WWF-Brasil

A Praia de Charitas, na Zona Sul de Niterói, recebeu na manhã deste domingo (22) um mutirão de limpeza como parte do projeto "Oceano Sem Plástico", promovido pelo ONG internacional WWF, em parceria com o Instituto Baía de Guanabara, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) – com cinco agentes presentes. O evento contou com a colaboração de 160 voluntários que atuaram fazendo a retirada de resíduos na faixa de areia da orla. Essa já é a quarta edição do evento que percorre praias brasileiras com objetivo de conscientizar a população e autoridades sobre os perigos que o descarte e o uso do plástico representam para o meio ambiente.

De acordo com a analista de conservação da WWF-Brasil, Mariana Corá, as ações são distribuídas ao longo da costa. O programa marinho foi aberto pela ONG em 2015 e, desde então, eles têm trabalhado com várias ações de limpeza. Uma delas é o Oceano sem Plástico, que já aconteceu nas Ilhas Cagarras, com o auxílio de mergulhadores, em Copacabana, em Fernando de Noronha e em Recife.

"A gente quer se realizar essa movimentação, principalmente, em locais que estejam conectados a grandes baías e nos que têm grande movimentação de turistas. Como instituição, queremos fomentar iniciativas individuais e locais. Por isso, trabalhamos muito com as ONGs e instituições locais. Nesses três anos de campanha o que mais percebemos foi o aumento do engajamento. Em 2015 teríamos 100 voluntários e no mês passado, no Recife (14/04), contamos com 400 participantes", enfatiza Mariana.

A seleção do material é feita por tipos de plástico (guaraná vita, copos descartáveis com o de água, canudos, sacolas e sacolinhas e pet), vidros, latas, borracha e outros (roupas, calçados, pedaços de móveis, etc). Na triagem, o material é separado e parte do que foi recolhido vai para as cooperativas de reciclagem e a outra parte para a Clin dar o destino adequado. Cada item é contabilizado para que haja noção de volume e depois passam para a pesagem.


A estudante de Biologia Marinha Luana Marques além de trabalhar na área, sempre teve uma preocupação ambiental muito grande. Foto: Colaboração Ana Paula Soares


"Temos levantado a bandeira de que as limpezas de praia não vão trazer a solução se as pessoas continuarem descartando seus resíduos em locais inadequados. Esse trabalho vem para instruir e engajar pessoas que passam a entender melhor a dimensão deste problema e começam a pressionar as autoridades públicas para fazer a coleta seletiva e também a terem comportamentos mais ecológicos e sustentáveis, como deixar de usar coisas que tenham a vida útil muito baixa", pontua a representante da WWF, que tem cinco escritórios no Brasil: em Manaus, Rio Branco, Brasília, Campo Grande e São Paulo.

Além dos inscritos pelo site e redes sociais para participar do mutirão, pessoas que passavam pela Praia de Charitas na manhã deste domingo também se prontificaram a ajudar na coleta. A estudante de Biologia Marinha Luana Marques, de 22 anos, além de trabalhar na área, sempre teve uma preocupação ambiental muito grande.

"O plástico se decompõem em pedaços menores e se transformam em um perigo ainda maior para a vida marinha, que o confundem com alimento. Temos que estar em busca de alternativas ecológicas e reutilizáveis para que possamos cuidar do meio ambiente em que vivemos", comenta Luana, aproveitando para destacar o incentivo da Clin: "Eles nos parabenizaram pela ajuda na coleta, mas, na verdade, devemos estar todos unidos sempre em prol da vida no planeta".

Para a representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Janaína Pontes, é tudo uma questão de exemplo, de mostrar a importância de não se consumir tanto.

"Hoje é o Dia da Terra. Por si só já é uma data emblemática, mas se torna ainda mais real quando nos reunimos em prol de uma causa como essa. Prezamos pela transformação através da educação ambiental. O tema da ONU este ano para a Semana de Meio Ambiente, em junho, é 'acabe com a poluição plástica', e nós, da secretaria vamos trabalhar em cima dele também", adianta Janaína.

O mutirão ainda contou com o apoio da ONG Route, de Florianópolis, e dos alunos da Universidade Federal Fluminense e dos alunos da pós-graduação da Faculdades Integradas Maria Thereza (Famath), do curso de Biologia Marinha e Oceanografia, coordenados pelo professor Tibúrio Tinoco.


Fonte: O Fluminense

 











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